Biblioteca Gralha Azul leva mais de 500 livros e atividades culturais para escolas rurais de Ponta Grossa
- culturacaopg
- 8 de ago.
- 2 min de leitura

A leitura ganhou novos ares no interior de Ponta Grossa. Nesta terça-feira (05), duas escolas da região de Itaiacoca foram contempladas com a primeira etapa do projeto “Biblioteca Escolar: Ponto de Leitura Gralha Azul”, que distribuiu mais de 500 exemplares e promoveu uma série de ações para incentivar o hábito de ler.
As instituições beneficiadas foram a Escola Maria Eulina Scheena, no Biscaia, e a Escola Eloy Avrechak, no Cerrado Grande. Cada uma recebeu 250 obras de autores paranaenses selecionadas pelo projeto, além de títulos extras doados pelas escritoras convidadas.
A programação não se limitou à entrega dos livros. Os alunos participaram de rodas de conversa com as autoras ponta-grossenses Alessandra Bucholdz, Dione Navarro e Jacqueline de Mattos, que compartilharam suas trajetórias e falaram sobre seus livros. Também houve jogos literários, audição de obras em formato de audiolivro do acervo da Biblioteca Gralha Azul e contação de histórias com os atores David Dias e Michela França, garantindo momentos de interação e diversão.
“Nosso objetivo com esse projeto é promover o acesso à leitura de forma democrática e afetiva, especialmente em comunidades que, muitas vezes, enfrentam limitações nesse sentido. Acreditamos que as bibliotecas escolares precisam ser um espaço vivo, pulsante, que incentivem a imaginação, o conhecimento e a construção de cidadania. Com essas doações e atividades, buscamos contribuir não apenas com o acervo das escolas, mas com a valorização da leitura como prática cotidiana e transformadora”, ressalta a produtora cultural e coordenadora do projeto, Thaisa Cunningham.
Para Ellen Adriane Teixeira, coordenadora da Escola Maria Eulina Scheena, a iniciativa tem um peso especial. Ela cresceu em Itaiacoca e lembra que o acesso aos livros era escasso. “Saber que hoje os alunos podem ter um acesso tão grande a livros, agora com títulos diferentes e audiolivros… Eu me sinto realizada como pessoa e principalmente como professora, porque estamos realmente fazendo o nosso papel”, afirma.
A diretora Sandra Mara Ramos reforça a importância da ação para a realidade local. “Quando ligaram dizendo que o projeto vinha para a escola, me perguntaram ‘quer?’, e eu falei ‘quero’ na mesma hora, porque tudo que vem somar, alegrar as crianças e deixá-las mais ricas em conhecimento, é sempre bem-vindo”, comenta. Ela lembra que, por questões econômicas, muitos alunos só têm acesso aos livros por meio da escola.
Já para Rosilete de Freitas, professora da Escola Eloy Avrechak, o interesse pela literatura entre os estudantes da zona rural é diferenciado. “As crianças da cidade também gostam da leitura, mas a gente percebe que lá eles têm muitas outras atrações, e aqui não, muitos não têm internet e acabam levando livro pra casa e pegando muito gosto por eles”, relata.
A escritora Jacqueline de Mattos destaca o valor do contato direto com o público. “Hoje é um privilégio que os escritores possam fazer essas visitas e as crianças vejam que também podem um dia se tornar escritores”, afirma. Para ela, estar perto dos leitores é um dos grandes momentos de sua carreira.
A próxima etapa do projeto acontece no dia 12 de agosto, contemplando a Escola Municipal Pascoalino Provisiero, no Jardim Novo Vila Velha, e a Escola Rural Municipal Prefeito Cláudio Mascarenhas, em Uvaia.
Com informações: Assessoria
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