Entre quarta e sexta, de 09 a 11, o público pôde prestigiar, no Palco B, três monólogos inventivos e intimistas, que trouxeram personagens e narrativas inovadoras
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No Cine-Teatro Ópera, a principal casa da 50ª edição do Festival Nacional de Teatro, o público pôde acompanhar, após os espetáculos da Mostra Adulto, a Telmo Faria, que homenageia o precursor do Festival. Entre quarta e sexta, de 09 a 11, o público pôde prestigiar, no Palco B, três monólogos inventivos e intimistas, que trouxeram personagens e narrativas inovadoras.
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Na quarta (09), o público assistiu a “Índice 22”, um espetáculo que mistura sons e projeções controladas em tempo real pelo diretor e dramaturgo Max Reinert com o solo apresentado pela atriz Denise da Luz. “Montamos esse espetáculo em 2018, para comemorar os 30 anos da carreira da Denise. […] A ideia era fazer algo que a gente nunca tinha feito, entender qual o papel do artista no mundo atual e como dialogar com o público de hoje, não o de 30 anos”, explica Reinert. “Acredito que os nossos trabalhos são respostas aos trabalhos anteriores, como um ciclo de renovação”, complementa Denise.
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Já na quinta (10), o auditório B do Ópera recebeu “Deslady”, um espetáculo solo em que a uma palhaça decide encarnar Lady Macbeth. Idealizada e atuada por Nathalia Luiz, a peça explora a força feminina e violência através da Palhaça Tinoca. “Poder trazer a linguagem da palhaçaria para um festival de teatro tão importante, ser tão bem recepcionada por um público tão caloroso, foi incrível”, comenta Nathalia. “Fiquei muito emocionada e muito feliz por poder trazer o espetáculo para o Fenata, é um festival de muito peso”.
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No último dia (11), a Mostra recebeu “Animo Festas”, em que Palhaço Klaus conta sua trajetória como animador de festas infantis. Assim como a Palhaça Tinoca, Klaus também trouxe membros do público para o palco. “O público foi extremamente receptivo e eu fiquei muito tranquilo para fazer o espetáculo pois senti que a plateia estava comigo”, reflete Márcio Douglas, intérprete do Palhaço Klaus.
Em “Animo Festas”, Pedro Vinicius foi um dos convidados especiais. “Esse é o meu primeiro Fenata, foi muito surpreendente!”, ri. “Eu sou uma pessoa nervosa mas o ator soube brincar e conversar, ali não fiquei nada nervoso”, completa. No público lotado, também estavam outros palhaços, como Micheli Vaz, que participa da Organização Não Governamental SOS Palhaços. Vaz, que já conhecia o intérprete e a peça, comemora a inclusão dessa linguagem teatral no Fenata. “Não importa quantas vezes a gente assista, […] é riso garantido, tem muitas reflexões e é muito provocativo”, afirma.
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“A Mostra das 22h, hoje conhecida como Telmo Faria, tem como objetivo trazer peças mais intimistas e inovadoras”, considera Daniel Frances, o coordenador da Mostra Telmo Faria. “Mas a principal característica da Mostra é que, por ser num teatro menor, as peças tem que se adaptar a esse espaço cênico”. Daniel também ressalta as interações entre os artistas e o público. “Têm sido maravilhoso, porque o público têm interagido de uma forma extraordinária com os grupos”, frisa.
Para Igor Andretti, um dos premiados da 48º edição do Festival – que selecionou textos dramatúrgicos, em razão das limitações da pandemia de Covid-19, é gratificante acompanhar o Fenata presencialmente. “É muito interessante poder participar e prestigiar a cultura. Eu fico muito feliz de ver Ponta Grossa batendo de frente com grandes capitais nessa área”, completa.
Todos os participantes da Mostra Telmo Faria já conheciam o Fenata: Reinert e da Luz, da Téspis Cia. de Teatro, estiveram pela sexta vez no Festival e no dia seguinte à apresentação de Índice 22, participaram da Mostra Infantil com “Papelê”; a Cia. dos Palhaços, de “Deslady”, havia apresentado “Concerto em Ri Maior” no 43º Fenata; e Márcio Douglas, o Palhaço Klaus, participou do Fenata em 2001.
Foi a primeira vez de todos na faixa das 22h, no auditório B do Ópera. “Não foi só o Fenata que chegou aos 50. Para mim, é como dois amigos que se reencontram para comemorar”, reflete Márcio Douglas.
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Quem foi Telmo Faria
O ator e teatrólogo José Faria Moritz (1918 – 1997), conhecido nacionalmente pelo nome artístico de Telmo Faria, foi o grande idealizador do Fenata. Fundador do Grupo de Teatro Universitário da UEPG (GTU-UEPG), Telmo voltou a Ponta Grossa em 1973 para dirigir o GTU a convite de seu primo, Álvaro Augusto da Cunha Rocha, então reitor da UEPG. Foi responsável por trazer atores de renome, que divulgaram e colocaram o Festival no calendário nacional.
Da Assessoria