Produção audiovisual ponta-grossense visa cativar e entrelaçar a arte e a realidade para abordar de maneira sensível a complexidade da violência doméstica
No cenário audiovisual local, um projeto inovador tem chamado a atenção e promete provocar reflexões profundas sobre uma questão que infelizmente persiste na sociedade contemporânea: a violência doméstica. O documentário "(Des)tear", um projeto audiovisual aprovado pelo Promific em 2020, emerge como uma obra singular, inspirada na peça teatral "O que eu deveria ser se não fosse quem eu sou", protagonizada pela atriz ponta-grossense Michella França.
A proposta do documentário, idealizado por Charlie D. e Vinicius Costa, é mergulhar na essência da peça de Michella França, destacando a força da personagem central, que simboliza as muitas mulheres que enfrentam situações similares de violência.
O diferencial do "(Des)tear" reside na abordagem meticulosa de mesclar a ficção da peça teatral com depoimentos reais de mulheres que vivenciaram a violência doméstica. O filme, busca transmitir uma mensagem impactante e autêntica, aproximando a cruel realidade que muitas mulheres enfrentam.
O processo de produção é de Amanda Peiter, David Dias e Michella França. Mirna Bazzi encarregada da fotografia e montagem, garantindo uma obra visualmente cativante. Realização é da ABC Projetos Culturais. A junção de habilidades artísticas e comprometimento com a causa torna "(Des)tear" uma experiência cinematográfica que transcende as barreiras do meramente informativo.
Segundo Vinicius Costa, "Acreditamos que '(Des)tear' não é apenas um documentário; é uma expressão artística que visa auxiliar no combate da violência doméstica. Inspirados pela peça de Michella França, buscamos não apenas informar, mas também emocionar e inspirar a mudança. Este filme é uma tentativa de desfazer os nós invisíveis que aprisionam tantas mulheres nestas 'teias' no qual é muito difícil elas saírem".
A metáfora do "(Des)tear" é poderosa, representando a ideia de sair da teia dos relacionamentos violentos, tal como a imagem evocada pela peça de Michella França. O monólogo, que incorpora uma teia e uma corda, simboliza a prisão muitas vezes invisível que aprisiona as mulheres em relacionamentos abusivos.
"(Des)tear" não busca apenas apresentar dados e estatísticas; ele busca provocar uma mudança de perspectiva, convidando o espectador a se conectar emocionalmente com as histórias reais retratadas na tela. É um convite à empatia, à compreensão e à ação.
Este documentário promete não apenas revelar as sombras da violência doméstica, mas também iluminar caminhos para a superação e a liberdade. "(Des)tear" é mais do que um filme; é uma manifestação artística e social que desafia os espectadores a refletirem sobre o papel de cada um na desconstrução desse ciclo de violência que assola tantas vidas.
O documentário "(Des)tear" já teve um pré-lançamento no final do mês de novembro, proporcionando uma prévia emocionante da intensidade e da mensagem impactante que aguardam o público.
Atualmente, o projeto está sendo inscrito em diversos editais do cenário audiovisual, alimentando a expectativa para seu lançamento oficial no próximo ano. O público pode aguardar ansiosamente por uma experiência cinematográfica que não apenas revela verdades dolorosas, mas também oferece uma jornada de esperança e superação. "(Des)tear" promete ser não apenas um documentário, mas um catalisador para diálogos essenciais e ações transformadoras.
Ficha Técnica de "(Des)tear"
Roteiro e Direção: Charlie D.Vinicius Costa (exemplo)
Produção: Amanda PeiterDavid DiasMichella França
Fotografia e Montagem: Mirna Bazzi
Realização: ABC - Produções Culturais
Incentivo: Projeto realizado com incentivo do PROMIFIC - Prefeitura de Ponta Grossa - Fundação Municipal de Cultura - Conselho Municipal de Política Cultural.
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