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  • Foto do escritorRedação

Vernissage de Marcelo Schimaneski comemora os 200 anos de PG

Para o Secretário Municipal de Cultura, a arte de Marcelo representa a expressão “zeitgeist” e retrata o cotidiano ponta-grossense

Marcelo Schimaneski, Dione Navarro e Luiz Arthur Montes Ribeiro. Foto: Divulgação

No último sábado (11) artistas e apreciadores das artes plásticas prestigiaram o Vernissage de Marcelo Schimaneski “Um Passeio Naïf pelos recantos turísticos de Ponta Grossa”. O evento é um dos marcos das atividades em comemoração dos 200 anos da cidade. Os quadros podem ser apreciados até o dia 16/04 no Setor de Artes Visuais, no Memorial do Ponto Azul, na Praça Barão do Rio Branco.


Para o secretário municipal de Cultura, Alberto Portugal, Marcelo Schimaneski é um “zeitgeist”, palavra alemã que significa a representação intelectual e cultural de uma certa época. “Se no sesquicentenário da cidade a gente teve em João Pilarski um expoente do estilo da cidade, temos hoje o Marcelo que assume essa importante função não só para registro da época, mas também despertando encantamento”, observa.


O evento foi marcado pela doação das oito obras à Secretaria de Cultura, a fim de que integrem o acervo municipal. O “presente” para a cidade só foi possível através do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (PROMIFIC) que contou com o patrocínio da empresa Ap Winner e apoio da ABC Projetos Culturais. A produção executiva do projeto é de Dione Navarro e a curadoria do trabalho é de Mariângela Digiovanni, chefe da Divisão de Artes Plásticas na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.


O artista plástico, poeta e sócio do Instituto Montes Ribeiro, Luiz Arthur Montes Ribeiro, fez a apresentação das obras de Marcelo. “É um conjunto de obras ímpar, único. Marcelo se expressou nessas oito telas com muito amor, muito trabalho, muita técnica”. Para Montes Ribeiro, Marcelo está entre os grandes Naïfs do mundo.


Já a escritora, poetisa e produtora executiva do projeto, Dione Navarro, tem uma visão sensível da obra de Marcelo que ressalta as qualidades dos quadros. “Pelo espelho de superação que é, Marcelo nos ensina que somente quem cultiva singelezas e guarda sonhos é capaz de fazer do movimento da vida um universo de sensibilidades”. A escritora, que já escreveu um livro biográfico e poético sobre Marcelo Schimaneski, ressalta que olhar as cores vibrantes da arte Naif é sentir o belo caminhando por nossos recantos.


O gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da AP Winner, Danilo José Gomes, ressaltou que o grupo Wurth já tem uma tradição mundial em incentivar projetos ligados às artes plásticas, leitura e literatura, além de realizar ações voltadas à pessoa com deficiência. “O trabalho realizado pelo Marcelo sintetiza muitos os nossos princípios”, assinala.


Marcelo Schimaneski encontrou na arte Naïf uma forma de superação. Em 1989, sofreu um acidente de carro que o deixou tetraplégico e a pintura o auxiliou a recuperar alguns movimentos da mão. Desenvolvendo sua própria técnica para a pintura, o artista se dedicou ao novo trabalho se tornando autodidata. No ano passado, em meio a conclusão do trabalho, Marcelo ainda encontrou diversas dificuldades como a perda da mãe, o surgimento de uma ferida, que o deixou acamado e passou por um período de internação, mas não se abateu e continuou o projeto. “Enquanto eu tiver força estarei pintando. A pintura me mostra que mesmo na condição física e, que estou, sou capaz de produzir algo que inspira as outras pessoas " complementa.


A exposição “Um passeio Naïf pelos recantos turísticos de Ponta Grossa” retratou o Buraco do Padre, Cachoeira da Mariquinha, Maria Fumaça, Capela Santa Bárbara, Vila Velha, Lagoa Dourada, Catedral Sant’Ana e o Lago de Olarias e distribuiu gratuitamente 2.500 catálogos contendo as obras.

Público apreciando as obras de Marcelo Schimaneski na Vernissage realizado no último sábado (11). Foto: Divulgação

Sobre o artista

Schimaneski começou a carreira de artista em 2004, 13 anos após o acidente. O maior incentivo recebido foi de sua mãe. No começo, pintava flores, depois, aos poucos foi evoluindo seu estilo próprio. Pouco tempo depois, descobriu que as paisagens bucólicas pontagrossenses que pintava tinham um nome “estilo Naïf”. Marcelo conta com mais de 500 telas produzidas e já ganhou prêmios internacionais.


Da Assessoria

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