Festival Universitário de Dança da Universidade Estadual de Ponta Grossa mobilizou cerca de 750 pessoas, que participaram da programação realizada em vários pontos da cidade
No último sábado (18), o 7º Festival Universitário de Dança da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Educadança-UEPG) mobilizou cerca de 750 pessoas, que participaram da programação realizada em vários pontos da cidade. A edição de 2023 contou com uma agenda diversa, formada por oficinas, apresentações de inúmeras produções coreográficas de Ponta Grossa e região, bem como uma mostra competitiva que aconteceu no Grande Auditório da UEPG, no Campus Central.
O Educadança é uma iniciativa do projeto de Extensão Dança, do curso de Educação Física da UEPG, realizado desde 2017. O principal objetivo do festival, segundo a professora e organizadora Silvia Ribeiro, é a democratização da dança, tanto no espaço acadêmico quanto fora do território da universidade.
Além de mobilizar bailarinos, coreógrafos e amantes da dança de Ponta Grossa e região, o Educadança instituiu um ingresso solidário para a 7ª edição. As 500 pessoas que lotaram a plateia do Grande Auditório doaram alimentos e itens de higiene pessoal para beneficiar duas instituições selecionadas pela organização: Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi) e a Pastoral da Criança.
Na parte da manhã e da tarde do dia 18, aconteceram seis oficinas gratuitas oferecidas em escolas e espaços parceiros da UEPG, levando diferentes linguagens da dança para mais perto dos participantes de todas as idades: balé clássico adulto, jazz kids, dança de salão, k-pop, circo-aéreos e jazz funk.
Para aqueles que integraram a mostra coreográfica e competitiva, a novidade de 2023 foi a participação de um júri comentado, que “emite um parecer sobre as produções de todos os grupos que se apresentaram durante o festival”, explica Silvia. “Nós contamos com a participação de quatro jurados renomados na cidade”, completa.
Para Phayga Gruber, uma das juradas, comentar as coreografias é um desafio, porque ao mesmo tempo em que os apontamentos são necessários, é preciso ser delicado para não desanimar o trabalho dos participantes. “Os comentários são importantes para que ninguém se acomode e possa trabalhar, crescer, melhorar, evoluir e deixar a nossa dança mais significativa, para que ela também possa tocar as pessoas” ressalta Phayga. “O objetivo não é só estar perfeito, mas fazer com que as pessoas se sensibilizem de alguma forma com o que está sendo apresentado”, comenta.
A jurada ainda pontua que o Educadança é de suma importância porque possibilita que os acadêmicos experimentem ativamente a linguagem da dança. “Além de trazer alguns alunos dos trabalhos desenvolvidos na UEPG com colaboradores, como, por exemplo, a professora Marcelle Schoembaecler, que trabalha com as crianças e com o público juvenil, o festival fomenta apresentações de escolas e academias. Isso é muito importante para a difusão da cultura e da dança na cidade”, aponta.
Taís Juliane Pasiecznik participou pela primeira vez de um festival, e conta que a sensação foi de missão cumprida. “O sentimento que nos envolve quando estamos no palco é indescritível, uma mistura de felicidade, diversão, superação e com certeza a união”, completa. Taís conheceu o projeto Dança na UEPG por meio de um convite de uma amiga que se apresentou na 6ª edição do Educadança, em 2022. Este ano, ela saiu vencedora: o grupo do qual faz parte foi premiado na mostra competitiva.
Taís conta que o coletivo não subiu ao palco buscando a vitória, mas sim dar o melhor de si. “O resultado foi consequência de nossos esforços e dedicação, o trabalho de uma equipe unida nos proporcionou a vitória, e foi incrível”. Para ela, transformação é a palavra que melhor pode descrever a ação da dança na vida de alguém, “Ela é capaz de transformar o ser humano, tanto seu caráter, quanto seus valores, e essa manifestação leva o indivíduo a ser mais tolerante, sensível, criativo e sem preconceitos”.
Da Assessoria
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