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Projeto leva sons e tradições andinas às escolas públicas dos Campos Gerais

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • há 8 horas
  • 3 min de leitura
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A cultura inca voltou a ecoar com força entre os estudantes dos Campos Gerais. O projeto “Flautas Ancestrais Indígenas: resgate e valorização”, idealizado pelo músico e professor Luís Javier Paredes Reategui, vem promovendo um mergulho sonoro e cultural na ancestralidade andina por meio de apresentações musicais e oficinas de confecção de panflute. A iniciativa, que percorre escolas públicas de dez municípios da região, busca aproximar crianças e jovens da diversidade e da riqueza das tradições indígenas.


Na última quinta-feira (6), o projeto foi recebido com entusiasmo no Colégio Estadual do Campo Baldomero Bittencourt Taques, em Tibagi. De acordo com o diretor da instituição, Márcio Rodrigo dos Santos, a experiência ampliou o repertório cultural dos estudantes.“Os alunos tiveram a oportunidade de ver ao vivo o que eles vêm no livro didático e nas aulas de história, mas muitas vezes estão tão distantes do nosso dia a dia. Isso enriquece o conhecimento deles”, afirmou o diretor. Ele acrescentou que a proposta dialoga com o conteúdo pedagógico: “Durante a apresentação, os alunos lembraram que já tinham estudado sobre a cultura inca. Todos gostaram e, inclusive, ficaram curiosos e queriam saber mais sobre a arte e a cultura desse povo”.


Natural do Peru, Javier cresceu cercado pela música e pelos costumes incas. “Meus avós são de Cusco, descendentes dos incas, e foi com eles que eu aprendi a tocar flauta. E a gente aprende brincando, como aqui as crianças aprendem a tocar um pandeiro ou jogar bola. É algo muito natural para nós lá, porque faz parte da nossa tradição”, contou.


Mais do que ensinar melodias ancestrais, o músico busca ampliar o olhar dos alunos sobre a pluralidade dos povos originários. “Às vezes, as pessoas têm a ideia de que os indígenas são um grupo só, que todos são iguais e têm os mesmos costumes. Na verdade, não é assim. Cada povo tem sua própria tradição, sua própria cultura, suas próprias crenças e seus próprios costumes”, enfatiza.


Para Javier, a música é um elo poderoso entre passado e presente. “Eu acredito que a música possa ser uma ferramenta, não só para a reconstrução da identidade, mas também para a afirmação da identidade indígena e para mostrar a riqueza que há dentro de cada povo”, ressalta.


Durante as apresentações, o artista se apresenta com vestes típicas e instrumentos tradicionais, compartilhando histórias, curiosidades e símbolos da cultura inca. “Eu me apresento vestido à caráter, mostro os instrumentos tradicionais, conto um pouco da história do povo inca e algumas curiosidades da nossa cultura. Então, todas essas informações é um material muito rico para que os professores possam trabalhar de forma transversal e enriquecer o trabalho pedagógico da escola”, explica.


O projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e do Ministério da Cultura, com produção executiva da Dali Projetos Criativos e da ABC Projetos Culturais.


Nos próximos dias, o som das flautas andinas seguirá encantando novos públicos, com passagens por Piraí do Sul, Carambeí e Ponta Grossa, encerrando o ciclo de atividades que também contempla oficinas e palestras sobre instrumentos tradicionais indígenas.


Serviço

Projeto “Flautas Ancestrais Indígenas: resgate e valorização”

14/11 – Piraí do Sul

Local: Colégio Estadual Jorge Queiroz Netto

18/11 – Carambeí

Local: Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley

28/11 – Ponta Grossa (Distrito de Guaragi)

Local: Escola Municipal Professora Maria Elvira Justus Schimidt

Classificação: Livre


Com informações: Assessoria


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