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Parque Histórico inicia processo de arrolamento

Equipe do Núcleo de História e Patrimônio se dedica a conhecer cada item que compõe o acervo da instituição

A historiadora Juliana Bellafronte, que integra o Núcleo de História e Patrimônio, dedicou três meses para fazer o arrolamento da Casa da Memória. Foto: Divulgação


Conhecer todas as peças que integram as coleções, saber quantos objetos pertencem ao acervo e a história que está por trás de cada um é essencial para um museu. Por este motivo, o Núcleo de História e Patrimônio do Parque Histórico de Carambeí iniciou o arrolamento.


“O arrolamento de acervos é um processo fundamental para a preservação e gestão de bens culturais. Consiste em reunir informações iniciais sobre cada objeto, a fim de avaliar seu estado de conservação e definir os procedimentos necessários para garantir sua preservação”, relata Karen Barros que é historiadora e coordenadora cultural do Parque Histórico.


A Casa da Memória, primeira ala do museu, possui em torno de mil objetos que foram arrolados,o processo técnico não foi finalizado. Esse foi o primeiro espaço que a equipe se dedicou para fazer o levantamento dos itens.


A historiadora Juliana Bellafronte, que integra o Núcleo de História e Patrimônio, dedicou três meses para fazer o arrolamento da Casa da Memória. “É preciso analisar peça por peça, anotar todas as informações em uma tabela. O tamanho, o estado em que se encontra e o nome. Insiro observações como: se possui adesivo, características físicas e danos, o que mais chama atenção. Por fim coloco uma numeração no objeto. Essa numeração é sequencial e tem a finalidade de contabilizar a quantidade de itens do acervo”, explica que esse é o primeiro passo para conhecer o patrimônio da instituição.


Ao finalizar o arrolamento, com o levantamento de todos os itens, os responsáveis pelo acervo definirão estratégias para garantir a conservação deste patrimônio. “Poderemos analisar e definir quais procedimentos tomaremos para preservar cada item, que podem incluir desde ações simples de limpeza e conservação preventiva até medidas mais complexas de restauração. Somente depois de aplicar essa metodologia é possível dar andamento aos outros aspectos da gestão de acervos, como registro, catalogação e inventário”, explica Barros.


Um dos motivos que levou o Núcleo de História e Patrimônio a colocar um profissional exclusivamente para fazer o arrolamento é conhecer o acervo da instituição, saber por quantas peças é composto e o espaço necessário para construir uma reserva técnica. Neste ambiente, é controlada a umidade e a temperatura, nele os objetos serão cuidados de forma eficaz e a conservação permitirá que este bem dure por um tempo maior. A Associação Parque Histórico de Carambeí tem 22 anos, mas ainda não possui uma reserva adequada para acondicionar e preservar as coleções.


Karen, apresenta outros aspectos em que o arrolamento auxiliará no trabalho realizado pela instituição. “Uma das razões para realizar o processo de arrolamento é a necessidade de conhecer a composição e o estado de conservação do acervo, para que se possa planejar ações de conservação preventiva e corretiva, garantindo a preservação dos bens culturais. Além disso, o arrolamento permite que o museu tenha um registro completo e atualizado de seu acervo, facilitando a gestão e a organização das coleções, bem como a identificação de possíveis lacunas ou sobreposições. Isso possibilita a criação de exposições temáticas e o desenvolvimento de pesquisas e projetos educativos com base nas coleções do museu. Temos que levar em conta, a segurança desses itens, o arrolamento também é importante para fins de controle patrimonial, permitindo a identificação e rastreamento em caso de furto, roubo ou extravio”.


Com o trabalho finalizado na Casa da Memória, Juliana iniciará o arrolamento na ala museal da Vila Histórica, que é o espaço que reproduz a colônia de Carambeí e é comporto por 15 construções. “O Parque Histórico é peculiar, possui três alas museais, isso exige um nível de detalhamento maior. São muitas peças em ambientes distintos, os cenários são muito detalhados e isso torna o trabalho minucioso”, explica.


Com todas a peças do museu arroladas a historiadora voltará para o primeiro objeto e criará uma ficha com o diagnóstico. O item será fotografado, será anotado o seu estado de conservação, para que é utilizado, a quem pertenceu, a história do item.


Esse processo auxiliará nas pesquisas realizadas pelo Núcleo de História e Patrimônio, na montagem de exposição, na narrativa repassada ao público e na elaboração de novas ações educativas.


Da Assessoria

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