Oscar 2026 | Conheça os adversários de O Agente Secreto na corrida pelo Melhor Filme Internacional
- culturacaopg

- 18 de set.
- 3 min de leitura

O cinema brasileiro volta a mirar o Oscar. Após a aclamação conquistada com Ainda Estou Aqui na última edição, agora é a vez de O Agente Secreto, longa de Kleber Mendonça Filho protagonizado por Wagner Moura, representar o país em Hollywood. O anúncio foi recebido com entusiasmo pelo público e pela crítica nacional, mas a disputa promete ser acirrada: a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas reuniu produções de peso de diferentes países para a categoria de Melhor Filme Internacional em 2026.
Entre os principais concorrentes estão obras premiadas em festivais de prestígio e títulos que têm despertado forte debate político e cultural ao redor do mundo. Conheça alguns dos favoritos:
Sentimental Value (Noruega) – De Joachim Trier, consagrado com o Grande Prêmio em Cannes. A trama acompanha Nora (Renate Reinsve) e Agnes (Inga Ibsdotter), duas irmãs que se reaproximam do pai, Gustav (Stellan Skarsgard), enquanto uma estrela de Hollywood (Elle Fanning) altera as relações já fragilizadas da família.
Foi Apenas um Acidente (França) – Dirigido por Jafar Panahi, discute repressão política e vingança. Na trama, um oficial reconhecido por seu passado como torturador acaba sequestrado por uma de suas vítimas.
No Other Choice (Coreia do Sul) – Drama com toques de humor, estrelado por Lee Byung-hun, sobre um pai que, após perder o emprego, adota medidas questionáveis para sustentar a família.
Sound of Falling (Alemanha) – Assinado por Mascha Schilinski, reúne quatro protagonistas femininas em diferentes épocas que investigam os segredos de uma fazenda isolada.
The Sea (Israel) – Produção palestina vencedora do Ophir Awards, aborda a ocupação na Cisjordânia a partir da história de um garoto de 12 anos que arrisca a vida para ver o mar.
Sirât (Espanha) – Road movie apocalíptico de Óliver Laxe, em que um pai (Sergi López) e seu filho seguem pistas da filha desaparecida em meio a raves ilegais no deserto marroquino.
A Garota Canhota (Taiwan) – Do premiado Sean Baker, acompanha uma mãe solteira e sua filha caçula, proibida pelo avô de escrever com a mão esquerda, desencadeando revelações familiares.
Orphan (Hungria) – László Nemes retorna após O Filho de Saul com um drama ambientado na Budapeste de 1957 sobre um menino judeu confrontado com a verdadeira identidade do pai.
The Voice of Hind Rajab (Tunísia) – Destaque em Veneza, retrata a história real de uma menina palestina de seis anos morta em Gaza. Recebeu aplausos de pé por quase 25 minutos em sua estreia.
Franz Antes de Kafka (Polônia) – De Agnieszka Holland, explora a juventude de Franz Kafka, interpretado por Idan Weiss.
2000 Metros para Andrivka (Ucrânia) – Novo projeto de Mstyslav Chernov, vencedor do Oscar por 20 Dias em Mariupol, acompanha soldados ucranianos em uma ofensiva contra tropas russas.
Magellan (Filipinas) – Estrelado por Gael García Bernal, revisita a última expedição de Fernão de Magalhães no século 16.
Palestine 36 (Palestina) – De Annemarie Jacir, tem Hiam Abass e Jeremy Irons no elenco em uma trama sobre a Revolta Árabe dos anos 1930 contra o domínio britânico.
Calle Malaga (Marrocos) – Dirigido por Maryam Touzani, apresenta Carmen Maura no papel de uma idosa despejada da casa onde criou sua família.
The Things You Kill (Canadá) – Obra de Alireza Khatami, em que um professor (Ekin Koç) manipula o jardineiro para ajudá-lo em uma vingança pela morte da mãe.
Com títulos que transitam entre dramas históricos, obras políticas e experimentações narrativas, a categoria promete uma das disputas mais intensas dos últimos anos. Para o Brasil, a indicação de O Agente Secreto reforça a força da produção nacional e acende a esperança de uma nova consagração em Hollywood.
Com informações: Omelete







Comentários