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Festival Gralha Azul encerra segunda edição destacando literatura infantojuvenil paranaense

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • 15 de set.
  • 3 min de leitura
Foto: Sara Dalzotto| Divulgação
Foto: Sara Dalzotto| Divulgação

Histórias, canções, conversas e muita criatividade marcaram a segunda edição do Festival Gralha Azul de Vivências Literárias, que chega ao fim neste sábado (12). Promovido pela editora ABC Projetos Culturais, o encontro reuniu autores, ilustradores, estudantes e leitores em uma programação que celebrou o lançamento das 12 obras mais recentes da Biblioteca Gralha Azul.


Realizado no Sesc Estação Saudade, o festival teve apoio da Lei Municipal de Eventos Geradores de Fluxo Turístico, patrocínio da Continental do Brasil e parceria da Academia de Letras dos Campos Gerais, da RPC e do Curso de Jornalismo da UEPG, via Núcleo de Produção Audiovisual.


A programação deste último dia contou com três mesas redondas. Entre elas, a escritora Luane Spak, autora de Luna e as Estrelas, comemorou a interação com o público. “É emocionante, é importante, é uma vitrine gigantesca para o trabalho, um significado múltiplo, eu estou muito mais que satisfeita!”, declarou. Sua parceira de obra, a ilustradora Xenia Nauffal, revelou que o processo de criação foi intenso. “É isso, eu preciso desenhar esse livro”, lembrou, ao contar que a maternidade a aproximou ainda mais da narrativa.


Na conversa dedicada a Greta, a formiga, a escritora Claudia Romaniuk relatou que a inspiração veio de uma visita ao Instituto Inhotim e da experiência de escutar a “mãe terra”. Já a ilustradora Alessandra Tozi destacou os desafios de representar a riqueza visual e natural da obra.


Outro momento especial ocorreu com a apresentação de Flores para Margarida e A Sabedoria e o Celular. A autora Heleir Reynaldo Silvério relatou a repercussão da Biblioteca em sua cidade natal, Bandeirantes-PR, onde recebeu uma homenagem da Câmara Municipal. A escritora Joeli da Paz Gelinski compartilhou a emoção de ver sua obra ganhar forma com massa de modelar, técnica usada pela ilustradora Luna Vicente.


A ilustradora Dhi Borges, responsável por A Sabedoria e o Celular, enfatizou a relevância da diversidade na literatura. “É importante quando a gente abre um livro e se vê nele”, afirmou, ao explicar que busca representar diferentes tons de pele, cabelos e corpos em suas criações.


O conceito de sincronicidade foi um dos temas debatidos na última roda de conversa, com as autoras e ilustradoras de A Pulga Catarina e Os Pitacos e o Portal Mágico. Para elas, o alinhamento entre texto e ilustração é fundamental para o sentido pleno da obra. A ilustradora Mónica Defreitas reforçou o papel da literatura em meio aos desafios nacionais de leitura. “A gente sabe que o Brasil não é um país de leitores, mas eu acredito que o livro é, continua sendo e vai ser sempre um veículo de enriquecimento da cultura, do mundo interior, da imaginação e da criatividade”, declarou.


Além dos debates, o público teve acesso a atividades interativas inspiradas nos 12 livros lançados em 2023, com jogos, oficinas e desafios que reforçaram a proposta do festival de estimular a leitura de maneira lúdica.


Palestra de encerramento

O evento foi concluído com a fala do escritor e professor Miguel Sanches Neto, que apresentou a palestra Literatura como comunicação lúdica. Para ele, “literatura é um investimento na linguagem, na forma como maneira de construir outros universos. Quem lê literatura inventiva se torna mais aberto para as experiências, menos rotineiro”.


Durante sua participação, Sanches Neto lançou também duas obras infantis: Estatuto de um novo mundo para os animais (ABC Projetos) e Um cachorro chamado Socorro (Container Edições), ambas da coleção Arma Palavra, aprovada pela Lei Rouanet, com patrocínio da COPEL e do Grupo MADCOMPEN. Segundo ele, “para uma criança, a língua é algo que sofre uma mutação permanente… Então, quanto mais livre o seu uso, com rimas, com surpresas e com visão desfocada das coisas, mais nos aproximamos da ótica mirim. Escrever para as crianças é brincar com palavras”.


Sobre o Festival

O Festival Gralha Azul de Vivências Literárias é realizado pela editora ABC Projetos Culturais em parceria com o Sesc Estação Saudade e o curso de Jornalismo da UEPG. Esta edição contou com a participação de escritoras e ilustradoras responsáveis pelas 12 novas obras infantojuvenis da Biblioteca Gralha Azul, que já podem ser acessadas gratuitamente em e-book e audiolivro no site do projeto.


Com informações: Assessoria

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