Espetáculo gratuito une música afro-latina, poesia e performance no palco da UEPG

culturacaopg
há 21 horas
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O Auditório do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa recebe no dia 23 de julho, às 20h, o espetáculo “Afrolatinitudes”, uma produção idealizada pela banda Mambaia em parceria com o artista Rômulo André. A apresentação, com entrada franca e classificação livre, propõe uma experiência sensorial que mistura música instrumental, canções autorais, poesia e performance cênica, tendo como fio condutor as influências da diáspora negra na América Latina.

Com apoio da Ligga e da Continental, por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), o projeto convida o público a embarcar em uma travessia artística e simbólica sobre tempo, identidade e ancestralidade. “‘Afrolatinitudes’ abre caminhos para outras percepções sonoras da nossa cultura ao sublinhar a presença estruturante da música de matriz africana na música popular latino-americana”, explica Aline Garabeli, diretora geral do projeto. Segundo o diretor musical Fernando Bertani, o repertório reúne ao menos dez ritmos afrodescendentes, ampliando o panorama musical latino em um espetáculo envolvente: “O repertório apresenta pelo menos 10 ritmos de matriz africana que servem de guia para o público realizar um mergulho na diversidade musical afro-latina”.

A estética do espetáculo é inspirada no legado visual e espiritual do artista Arthur Bispo do Rosário e na obra do poeta Cuti, referência na literatura negra brasileira. A direção artística é de Rômulo André, que atua também como performer no palco, em um trabalho que mistura corpo, poesia e canto.

No campo musical, a banda Mambaia apresenta canções do álbum autoral Terceira Margem, incluindo as faixas Aluvião, Leve Canoa, Tacuari e Sanga, além de releituras de composições consagradas como Noite de Temporal (Dorival Caymmi), Adupé Obaluaê (Zé Manoel) e o canto tradicional Três Fogos.

“‘Afrolatinitudes’ é um convite para repensar o presente a partir de diferentes vozes e ritmos. A força da arte negra e indígena está justamente na capacidade de gerar encontros e resistência em criação. É isso que queremos proporcionar ao público: uma noite de escuta e conhecimento”, comenta Rafaela Prestes, coordenadora da iniciativa.

A Mambaia é formada por Simone Fernandes (percussão), Aline Garabeli (teclado), Eric Santana (bateria), Fernando Bertani (guitarra e percussão), Felipe Oliveira (baixo), Fábio de Souza (trompete e flugelhorn), Anthonny Felipe (sax tenor) e Nicolas Salazar (sax barítono). O projeto conta ainda com cenografia de Eliete Marochi e design gráfico assinado por Letícia Kossatz.

Após a apresentação em Ponta Grossa, o espetáculo segue em circulação por outras cidades do Paraná, incluindo Maringá e Cascavel. A realização é da Mambaia Afrobeat, com coprodução da Estratégia Projetos Criativos e Inspire Projetos Criativos.