Produzido em larga escala há quase 200 anos, hoje ele é oferecido a partir de centenas de milhares de sabores e receitas que atendem aos diferentes perfis de públicos
Que o sorvete é uma delícia e sempre uma boa pedida todo mundo sabe. Que ele combina como sobremesa ou como ingrediente principal para um date ou bate papo com amigos também não é novidade. E aquela escapada com os avós? Ou, ainda, quem nunca experimentou a iguaria consumindo-a diretamente no pote, em frente ao programa preferido de TV?
A verdade é que, seja do team palito, team massa, team versões com receitas incrementadas ou, até mesmo, team “não gosto de doce”, todo mundo tem um sorvete preferido, quer ele esteja entre os clássicos chocolate, baunilha e morango, quer ele esteja entre os mais desejados do momento, entre os quais estão o de pistache.
E, se no passado, algumas culturas disputavam o crédito pela origem do sorvete (reza da lenda que ele surgiu na China, mais de três mil anos atrás, se popularizou quando chegou em Paris, no século XVI, e passou a ser produzido em larga escala nos Estados Unidos, em 1851), hoje ele é oferecido a partir de centenas de milhares de sabores e receitas que atendem aos diferentes perfis de públicos, incluindo os veganos, os intolerantes à lactose, amendoim e nozes, por exemplo, bem como aqueles que estão em dieta. Ou, ainda, para quem quer degustar um produto diferenciado, feito a partir de produção artesanal e à base de ingredientes selecionados como leite e creme de leite – itens encontrados em gelatos, de origem e receita italiana, que os utilizam para substituir a gordura vegetal, de acordo com informações de Rogério Pereira, da Leoni Gelateria, que opera no piso térreo do Shopping Palladium Ponta Grossa desde outubro do ano passado e conta com mais de 60 receitas – das clássicas às novidades, como o Kinder, feito à base de chocolate branco e creme de avelã, um dos mais pedidos na loja, com consumo médio de 300 quilos por mês.
Adicionamento, Rogério reforça que, todos os dias, são oferecidos 18 tipos diferentes (entre as 60 receitas). Desse total, 50% integram o time das receitas tradicionais e os outros 50% são dedicados aos novos sabores, que são alterados a cada três meses, geralmente, em linha com as estações do ano. “No inverno, as opções à base de chocolate são bastante procuradas, assim como receitas que levam run em sua composição. Em épocas festivas como Natal, que viveremos daqui a pouco, muitos querem experimentar a versão de gelato do panetone”, diz o empresário que soma seis lojas em todo o estado.
No Brasil
Uma rápida pesquisa na internet mostra que a primeira sorveteria brasileira foi inaugurada no Rio de Janeiro, em 1835, quando um navio norte-americano chegou no Rio de Janeiro com quase 300 toneladas de gelo que foram compradas por dois comerciantes locais que passaram a vender sorvete de frutas. Como não existia tecnologia de armazenamento na época, as sorveterias anunciam sua produção e o sorvete tinha que ser consumido logo após o preparo.
Outra curiosidade sobre a história do sorvete no Brasil é que ele chegou a ser considerado um dos precursores do movimento da liberação feminina. Isso porque um dos primeiros atos de rebeldia do século XIX era mulheres frequentando bares e confeitarias para comprar e degustar sorvetes – estes lugares, até então, eram ocupados quase que exclusivamente por homens.
Da Assessoria
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