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Dia Mundial do Teatro: artistas presentes em PG refletem sobre a arte e seu impacto na comunidade

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • 27 de mar.
  • 4 min de leitura



Nesta quinta-feira, 27 de março, celebra-se o Dia Mundial do Teatro, data que homenageia aqueles que dedicam suas vidas à arte dos palcos. Em Ponta Grossa, o CulturAção reuniu artistas presentes no cenário local para destacar suas trajetórias e a importância do teatro na cidade.



Ana Gambassi: uma vida entre o teatro e o jornalismo cultural


Atriz, jornalista e comunicadora, Ana Gambassi tem uma trajetória consolidada no Grupo de Teatro de Ponta Grossa (GTPG) e em diversas outras companhias teatrais. Desde criança, já demonstrava interesse pela representação.



Ana Gambassi| Imagem cedida- Arquivo pessoal
Ana Gambassi| Imagem cedida- Arquivo pessoal



“Não me bastava ouvir histórias, eu queria vivê-las. Criava roteiros, desenvolvia personagens e diálogos em frente ao espelho; e a família que desse conta de ver minhas performances”, relembra Ana.


Seu primeiro contato com o palco aconteceu em 1983, na peça Os Sobreviventes, de Ricardo Meireles, pelo Grupo Teatral Mergulho no Nascimento. Desde então, acumulou quatro décadas de experiência, passando por grupos como Lambe-Lambe, Casa das Artes, GTU e GTPG. Atualmente, Ana representa a cadeira do teatro no Conselho Municipal de Políticas Culturais.


Sobre o impacto da arte em sua vida, a atriz destaca: “O teatro me ajudou a desenvolver e reforçar habilidades como a própria comunicação, a desenvoltura, a rapidez de raciocínio, a generosidade e a empatia”. Além disso, ressalta a importância do GTPG na comunidade, enfatizando seu papel na democratização do acesso ao teatro.


Kevin Braga: do encanto infantil à profissionalização no teatro


Ator, figurinista, diretor e roteirista, Kevin Braga encontrou sua paixão pelo teatro ainda criança, quando assistiu a uma adaptação de João e Maria.


Kevin Braga| Imagem cedida - Arquivo pessoal
Kevin Braga| Imagem cedida - Arquivo pessoal

“Voltei pra casa naquele dia e disse pra minha mãe que queria ser igual aquelas crianças, que queria fazer teatro”, relembra. Desde então, nunca mais deixou os palcos.


O teatro, além de sua carreira, impactou sua relação familiar. “Houve uma época em que insistiram que os pais participassem da montagem dos espetáculos junto com as crianças, e isso me aproximou bastante do meu pai e da minha mãe”, conta.


Atualmente, Kevin integra a Cia LevAR-TE, onde iniciou como iluminador e logo se tornou assistente de direção e depois foi só crescendo. Kevin destaca a importância do grupo em levar arte para quem não tem acesso a salas de espetáculo tradicionais: “Uma das coisas que fez com que eu quisesse ficar na Cia foi a paixão dos integrantes pelo teatro (essa paixão e cuidado tem atingido as pessoas que assistem nossos trabalhos) e também a forma como unem o teatro as outras linguagens artísticas como a música e também a palhaçaria, levando essa arte principalmente para aqueles que não tem acesso, ou ainda por alguma não tem condições de assistir um espetáculo no Cine-Teatro Ópera ou outras salas de espetáculo.”.




Luane Spak: do afastamento ao reencontro com o teatro


Atriz, escritora, diretora e roteirista, Luane Spak teve seu primeiro contato com o palco aos oito anos, embora a experiência inicial tenha sido desafiadora. “Tinha uma vontade enorme de sair correndo do palco”, lembra.



Luane Spak| Imagem cedida - Arquivo pessoal
Luane Spak| Imagem cedida - Arquivo pessoal


Mesmo mantendo-se afastada do teatro durante o ensino superior, a artista encontrou no isolamento da pandemia um momento de reflexão: “Questionei profundamente todas as minhas escolhas de vida e resolvi voltar para o que me fazia sentir realmente viva”.

Hoje, como integrante da Cia De Fianco, Luane acredita no poder transformador do teatro. “A maioria das pessoas ao meu redor passou a conhecer o teatro através de mim. Muitas primeiras peças de conhecidos foram as minhas”, diz.


"A cia não nasceu de algo positivo, mas se tornou algo positivo. Nós adotamos o humor e o improviso como nossa marca, e antes de ver que isso dá certo, tivemos que ouvir que não haveria espaço pra nós em companhia nenhuma, que o que gostamos de fazer não é artístico o suficiente, não é crítico o suficiente, que sempre seríamos deixados de lado. A Cia de Fianco surgiu dessa escolha de que tudo bem ser deixado de lado, se pudéssemos fazer o que gostamos. A resposta do público vem sendo positiva nesse sentido."


Sobre o impacto da companhia na comunidade, destaca a importância da leveza e do humor na arte: Em momento algum nós esquecemos a função da arte, de ser crítica, de escancarar o que precisa ser mostrado e criticado, mas as vezes as pessoas só querem ir ao teatro, rir um pouco, esquecer de seus problemas e depois voltar pra casa ser ter que questionar nada, só aproveitar o momento. E é nesse ponto que acreditamos estar impactando positivamente aqueles que vão no assistir esperando exatamente isso”.


Leandro Wenglarek: fundador da Cia LevAR-TE e a missão de levar arte a todos os lugares


Ator, roteirista, cantor e diretor, Leandro Wenglarek iniciou sua jornada artística na igreja, participando de teatros bíblicos e coreografias. Mais tarde, aprofundou-se no teatro musical e fundou a Cia LevAR-TE, que recentemente celebrou cinco anos de atuação.


Leandro Wenglarek| Imagem cedida- Arquivo pessoal
Leandro Wenglarek| Imagem cedida- Arquivo pessoal


“O teatro transformou profundamente minha vida ao me permitir viver da minha paixão”, afirma Leandro, que hoje se dedica exclusivamente à arte, lecionando canto e produzindo espetáculos.

 


A Cia LevAR-TE tem um compromisso de levar teatro a públicos diversos, incluindo escolas, periferias e comunidades quilombolas. “Nosso primeiro espetáculo, O Compositor, surgiu pouco antes da pandemia. Montamos a dramaturgia e canções e buscamos nossos primeiros atores na Escola de Teatro CECI”, conta. Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, a companhia seguiu ativa, adaptando-se ao formato online e participando do FENATA.


"Com o lema de levar arte a todos os lugares, temos orgulho de sermos reconhecidos pela comunidade e de impactar vidas com espetáculos que carregam mensagens positivas e transformadoras. Seguimos firmes em nosso propósito, consolidando a Cia Levar-te como uma referência cultural na cidade.”


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