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Barroco Holandês é tema da nova exposição do Parque Histórico

A mostra retrata um período histórico que deixou um legado para os Países Baixos e está atrelada a identidade da imigração holandesa em Carambeí

Barroco Holandês é tema da nova exposição do Parque Histórico. Foto: Divulgação

A Idade de Ouro Holandesa, entre os séculos XVII e XVIII, foi um período de prosperidade econômica e cultural para os Países Baixos. Essa época ficou conhecida pelo Barroco Holandês, e está representada na nova exposição realizada pelo museu Parque Histórico de Carambeí. Abrirá ao público a partir do dia 18 de julho, de terça a domingo das 10h às 17h.

Nesse período, a Holanda tornou-se um polo cultural. Na pintura, arquitetura e esculturas os artistas reproduziam símbolos tradicionais neerlandeses, representação da vida cotidiana e dos indivíduos comuns. Retrataram aspectos históricos, sociais, religiosos e artísticos que foram revolucionários e influenciaram a arte ocidental.


Felipe Pedroso, historiador e curador, descreve o contexto em que esse movimento se desenvolveu e de como refletiu na imigração holandesa no município. “O Barroco Holandês, uma expressão artística que floresceu na Holanda durante o século XVII deixou um legado marcante no mundo da arte e da cultura. Essa influência também se estendeu até o Brasil do século XX e XXI com a chegada dos imigrantes batavos. As obras do barroco holandês do século XVII retratam elementos distintos da cultura holandesa da época, que podem ser relacionados à cultura e identidade dos imigrantes que se estabeleceram em Carambeí”, expõe Pedroso.


Montada em um dos ambientes da Casa Holandesa, construção que fica na entrada da ala museal da Vila Histórica e introduz esse momento histórico dos Países Baixos. A expografia da exposição conta com reproduções de obras significativas do movimento, trazendo a riqueza dos detalhes e as cores vibrantes utilizadas pelos artistas, em contrapartida, uma seleção de peças do acervo da instituição, proporcionarão ao público uma imersão no contexto proposto trazendo reflexões sobre permanências e rupturas.


“A identidade do imigrante holandês em Carambeí está atrelada ao período da Era de Ouro da Holanda, ou seja, ao Barroco do século XVII, é nele que se gestam alguns dos traços marcantes dessa cultura que permanece viva em Carambeí. A exposição tem esse objetivo, mostrar o dinamismo cultural e as relações com períodos específicos que acabam sendo esquecidos ou naturalizados no processo de deslocamento do imigrante”, o curador explica a relação entre esse período, os holandeses em Carambeí e a dinâmica cultural.


Um item curioso nas exposições do museu, presente na Casa da Memória e na Casa Holandesa é o tapete utilizado como toalha de mesa. A peça decorativa remete a temporalidade apresentada na exposição, conta o historiador. “Um elemento frequentemente representado nas pinturas do Barroco Holandês é o tapete sobre a mesa. Esses tapetes eram tecidos luxuosos, muitas vezes com detalhes que denotavam a riqueza e o bom gosto dos proprietários. Eles também eram considerados símbolos de status social e eram exibidos com orgulho nas casas. A presença desses tapetes nas obras de arte reflete a importância do conforto na cultura holandesa do século XVII. Na comunidade de Carambeí, os imigrantes holandeses também valorizaram a decoração de suas casas com tapetes e outros itens que expressavam sua identidade”.


A tradicional porcelana holandesa azul e branca, encontrada nas casas dos imigrantes e descendentes de holandeses é retratada nas obras desse período. “Outro elemento cultural notável retratado nas pinturas do barroco holandês é a porcelana azul e branca. A porcelana de Delft, como é conhecida, era uma das principais exportações da Holanda na época. As cenas nas pinturas frequentemente apresentam jarras, pratos e outros objetos de porcelana azul e branca, demonstrando a apreciação dos holandeses por essas peças de cerâmica distintas. Essa porcelana era considerada um símbolo de prestígio e era amplamente exibida nas casas. Em Carambeí, os imigrantes holandeses também mantiveram essa característica, trazendo consigo a porcelana de Delft e valorizando-a como um lembrete de sua herança cultural”, expõe Pedroso.


Nesse período, a Holanda se desenvolveu economicamente com o comércio marítimo e se tornou uma das principais potências comerciais e navais da Europa. A tolerância religiosa e política atraiu muitos imigrantes e intelectuais para o país.


Para conhecer a Idade de Ouro Holandesa e o legado que deixou para a imigração em Carambeí visite o museu Parque Histórico, prestigie a exposição O Barroco Holandês – Identidade Imigrante.


Da Assessoria

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