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Projeto “A Glória do Meu Quilombo” promove imersão na cultura afro-brasileira em escolas dos Campos Gerais

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura
Foto: Kamilla Sansana| Divulgação
Foto: Kamilla Sansana| Divulgação

A valorização da cultura afro-brasileira e quilombola ganhou destaque nas escolas da região dos Campos Gerais (PR) com a passagem do projeto “A Glória do Meu Quilombo – A importância de Carolina Maria de Jesus”. Na última semana, a iniciativa visitou o Colégio Estadual Alberto da Silva Paraná, em Ventania, e o Centro Estadual de Educação Profissional de Arapoti (Escola Agrícola), levando conhecimento, literatura e ancestralidade para dezenas de estudantes.


Com uma equipe formada inteiramente por mulheres multiétnicas, o projeto apresentou um rico acervo de livros de autoras e autores negros, uma cartilha sobre a comunidade quilombola da Colônia Sutil, em Ponta Grossa, e um audiolivro produzido pela equipe multidisciplinar.


Durante as palestras, a atenção dos alunos se voltava à multiartista Ligiane Ferreira, idealizadora do projeto, que compartilhou vivências e reflexões sob uma perspectiva afrocentrada. Ligiane apresentou histórias e tradições da negritude, destacando o legado do Quilombo Sutil, onde seu pai, Wilson Ferreira dos Santos, viveu a infância. A artista também traçou paralelos entre essas experiências e a trajetória de Carolina Maria de Jesus, figura essencial da literatura brasileira que enfrentou o racismo e outras violências estruturais.


Em Ventania, a recepção da comunidade escolar foi marcada por emoção e reconhecimento. A diretora Antoniela Oliveira expressou gratidão à equipe: “Cada palavra, cada gesto e cada história compartilhada trouxeram à nossa escola a força da ancestralidade, o orgulho da identidade negra e o poder transformador da educação”, declarou.


O impacto da visita reverberou em outras instituições, chegando até a Escola Agrícola de Arapoti, que já desenvolve projetos de educação antirracista. O convite partiu da mestranda em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Elaine Barcellos de Araujo, que identificou a sintonia entre as práticas pedagógicas da escola e os propósitos da iniciativa. “Dei um depoimento aos alunos sobre como o racismo atravessa a minha vida pessoal e profissional, até a atualidade. Lá eu percebi que havia uma sincronia entre as ações pedagógicas da instituição de ensino com os objetivos do projeto da Ligiane Ferreira, que é promover esse diálogo cultural e a interação entre a sociedade, o povo negro, indígena e quilombola”, relatou Elaine.


A partir dessa aproximação, Elaine conectou Ligiane à professora Rafaela Miranda, que coordenou o encontro em Arapoti. Segundo Ligiane, a proposta vai além da difusão da história afro-brasileira. “As palestras ampliam o entendimento sobre a formação da sociedade, a resistência dos povos negros no Brasil e a valorização das comunidades quilombolas, conforme previsto na Lei nº 10.639”, afirma a artista.


Dados do Censo do IBGE de 2022 indicam que cerca de 7.100 pessoas quilombolas vivem no Estado, o que representa 0,062% da população paranaense, distribuídas em 22 municípios.


Serviço:

Projeto: A Glória do Meu Quilombo – A importância de Carolina Maria de Jesus

Coordenação: Ligiane Ferreira

Locais visitados: Colégio Estadual Alberto da Silva Paraná (Ventania) e Centro Estadual de Educação Profissional (Arapoti)


Com informações: Assessoria

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