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Peça teatral provoca reflexão sobre o racismo entre estudantes do Colégio Santa Maria

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • 13 de out.
  • 3 min de leitura

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Na última sexta-feira (10), os corredores do Colégio Estadual Santa Maria se transformaram em palco para a arte e a reflexão. Alunos do primeiro ano do ensino médio assistiram ao espetáculo “Querem acabar comigo”, encenado pelo Grupo Dia de Arte. A apresentação integra o projeto Dia de Arte para Todos, que leva produções teatrais gratuitas a escolas, comunidades periféricas, áreas rurais e instituições voltadas a pessoas com deficiência e neurodivergentes de Ponta Grossa.


A peça, que combina teatro, dança e música, aborda o racismo de forma sensível e contundente, despertando reflexões entre os jovens. “É uma cultura diferente e foi muito legal o pessoal trazer para a escola essa discussão sobre o racismo. A gente sabe que é uma coisa que temos que batalhar todo dia, não só lá em novembro [no Mês da Consciência Negra]”, comenta o estudante Luan Vitor Muniz dos Santos. Já Felipe Vidal de Araújo destaca a força emocional da encenação: “O que mais me marcou foi a cena em que o personagem começou a ficar confuso com as vozes de outras pessoas que ecoavam na cabeça dele, mas no fim decidiu não se importar com o que os outros pensam e se concentrar em si mesmo”.


O diretor do Grupo Dia de Arte, David Dias, explica que a peça voltou ao repertório justamente pela relevância do tema. “Essa peça tem um peso forte no nosso grupo, porque a gente trabalha com muitos temas sociais e procura, através do teatro, fazer as pessoas refletirem e se questionarem”, afirma. Segundo ele, o espetáculo ficou um tempo fora de circulação porque “as pessoas não gostam de discutir o assunto e só nos procuram para falar sobre o tema no mês de novembro, que é o Mês da Consciência Negra, mas o racismo acontece todos os dias”.


David também enfatiza a importância de abordar o tema dentro das escolas. “Se a gente traz um espetáculo como esse e o professor tem a sensibilidade de debater com eles em sala de aula, tenho certeza de que a mensagem vai chegar de uma outra forma”, diz. “Durante a apresentação, eles estavam bem compenetrados e participativos, então a gente consegue perceber que um pouquinho do que foi dito no espetáculo chegou para eles. Se eles levarem para além dos muros da escola, nem que seja uma frase, o nosso trabalho já está feito.”


A diretora do grupo, Michella França, reforça o valor da arte como instrumento educativo.

“A educação e a cultura são muito importantes e precisam caminhar juntas. A arte é tão fundamental, que espetáculos como esse deveriam ser cada vez mais presentes nas escolas”, afirma. Para ela, o contato com o teatro oferece aos alunos novas formas de enxergar o mundo. “O teatro é como um binóculo, que permite que o aluno olhe adiante e enxergue outras realidades e novas possibilidades. [...] Quando eles têm contato com a arte, um mundo novo de possibilidades se abre. Eles começam a acreditar que os seus sonhos podem se tornar realidade e que eles podem se tornar médicos ou professores.”


O “Dia de Arte para Todos” é um projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e conta com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, do Ministério da Cultura e do Governo Federal. Até o dia 17 de outubro, a iniciativa realiza dez apresentações gratuitas em escolas e instituições da cidade, com espetáculos que mesclam humor, fantasia e reflexão social.


Próximas apresentações:

16/10

  • 09h – Escola Municipal Guitil Federmann – “Uma aventura no mundo dos livros”

  • 14h – Escola Municipal Armida Frare Gracia – “Entre o sol e a lua”

    17/10

  • 14h – Associação dos Deficientes Físicos de Ponta Grossa (ADFPG) – “O que eu deveria ser se não fosse quem eu sou”


Com informações: Assessoria

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