Projeto “Música para Todos” leva aulas de música para crianças em vulnerabilidade social em PG
- culturacaopg
- 4 de jun.
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Crianças e adolescentes amparados por instituições sociais estão tendo a oportunidade de se aproximar do universo da música por meio do projeto “Música para Todos”, coordenado pelo músico e educador Ricardo Corrêa. A ação é voltada a jovens entre 8 e 17 anos que se encontram em medida protetiva, medida socioeducativa ou em situação de vulnerabilidade, com aulas oferecidas gratuitamente ao longo do ano.
Desenvolvido desde 2016 e mantido mesmo nos anos de pandemia, o projeto é realizado com apoio da Vara da Infância e Juventude e conta com produção da ABC Projetos. A edição atual é viabilizada pela Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC), e atinge cerca de 90 estudantes.
As aulas semanais são ministradas por Ricardo Corrêa e Gizele Leite em espaços como o Conservatório Musical Maestro Paulino e nas próprias instituições participantes, como Irmãos Cavanis, Associação Reviver, Francisclara – Resgate da Criança e da Família, Casa Lar, Instituto João XXIII, Centro Social Casa do Piá e Centro de Convivência Nossa Senhora de Fátima.
Com abordagem prática e teórica, os alunos aprendem fundamentos como harmonia, melodia e ritmo, além de explorarem uma variedade de instrumentos, incluindo violão, guitarra, flauta doce, teclado, contrabaixo elétrico, percussão e bateria. Para ampliar o aproveitamento, foi elaborado um material didático exclusivo para esta edição.
“Isso vai trazer para a criança uma perspectiva de uma linguagem diferente, que é a linguagem musical. A ideia do Música para Todos é justamente essa: criar a percepção do ouvido musical, para eles aprenderem o beabá da música”, explica Ricardo Corrêa. Segundo ele, a música poderia ser tão essencial quanto disciplinas como matemática e português, especialmente se introduzida desde cedo.
O impacto do projeto vai além da aprendizagem instrumental. Jovens como Orlando Luiz Kossobuski, aluno da Guarda Mirim, relatam a transformação pessoal gerada pelas aulas. “As aulas incentivam as pessoas a gostarem mais da música, a quererem aprender mais. Eu acho legal vir aqui, aprender com a professora, desenvolver, conversar, interagir”, afirma o adolescente de 14 anos.
A educadora Edilaine Mathias, também da Guarda Mirim, complementa que o contato com os instrumentos permite formas alternativas de expressão emocional: “Elas estão tocando e eu sempre estou observando. Tem algumas crianças que são mais difíceis de falar o que estão passando e, através da música, do instrumento musical, elas se expressam”.
Neste ano, o projeto ganhará ainda mais visibilidade com a realização do Festival Música para Todos, que será integrado à Semana da Criança e do Adolescente no Judiciário. O evento está previsto para outubro e reunirá, além dos participantes do projeto, fanfarras, corais e bandas formadas por crianças e adolescentes de outras instituições. “O evento contribui para que alunos do projeto possam compartilhar seus aprendizados, sentir-se valorizados e estimulados na sociabilidade”, destaca Ricardo Corrêa.
Com informações: Assessoria
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