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Moda: mudanças cada vez mais alteram as regras

Confira a Coluna "Estilo e Moda" desta semana pela estilista Silvana Hass

A moda é a lógica do novo. O efêmero é a forma de ser da moda, é estar eternamente em mutação. Foto: Reprodução


Definir o que é moda não é tão simples por se tratar de um complexo conjunto de elementos como imagem, padrões de beleza, questões climáticas, cores entre outros. A moda, é composta por um sistema de significados o que a constitui, formando assim uma linguagem, que expõe, um fenômeno cultural e de comunicação. A vida e as empresas têm tudo a ver com mudanças e adaptações. Assim como a indústria da moda, precisa sempre buscar estruturas que incentivem o fluxo de energia criativa no processo de desenvolvimento para a sociedade.


A moda é a lógica do novo. O efêmero é a forma de ser da moda, é estar eternamente em mutação. As ligações são extremamente fortes, como podemos observar todos os anos a partir de uma das principais características a renovação. A moda se transforma para se adequar as necessidades de uma nova realidade como o clima por exemplo.


O sistema que acompanha o vestuário e o tempo, se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto, uma cadeia ininterrupta e homogênea de variações, marcada a intervalos mais ou menos regulares por inovações de maior ou menor alcance, porém facilmente se confirma através da observação dos desfiles com o calendário de temporadas.


Os estilistas buscam aplicar suas inspirações em suas criações. Seu momento, gosto e comportamento são transmitidos nessas criações, que surgem através de uma longa caminhada para o sucesso e aprovação da sua criação.


Para este ano o inverno já deixa sua marca registrada por peças criadas como verdadeiras obras de arte uma reaproximação entre arte e vida, a criação e a modernidade. Esta proposta foi apresentada principalmente nas coleções onde as peças artesanais foram desenvolvidas para trazer a ideia de telas no corpo das modelos, sendo estas telas um grande espetáculo de obras de arte.


Mas em uma temporada de desfiles muitas novidades são apresentadas para um público e muito do que é lançado não aceito de imediato, é o caso do retorno da cintura baixa um dos maiores marcos dos anos 2000. No entanto o prazo de uma tendência não segue uma regra fixa, mas a probabilidade de retorno depende da duração e tempo que ela perdurou.


A modelagem já foi apresentada e repaginada é evidente, porém deve passar pelo processo que chamamos de resistência, é preciso observar alguns fatores como seus pontos fortes de retorno. Uma tendência de longo prazo se reafirma na composição de várias tendências de curto prazo. Não posso afirmar se seu retorno está sendo impulsionado por uma nostalgia, mas grandes marcas incluíram em suas peças essa característica de modelagem. No entanto, é fato que o corte ousado, que marcou uma geração não está em baixa pois a tendência de usar peças com cintura baixa já está sendo muito usada e pode se revelar como uma das grandes apostas entre as macrotendências de 2022/23.


Por Silvana Hass

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