top of page
Foto do escritorRedação

Evento discute racismo estrutural no serviço público de Ponta Grossa

Debate aconteceu no Cine-Teatro Ópera, exclusivamente para funcionários públicos




Alusivo ao mês da Consciência Negra, a Prefeitura de Ponta Grossa, por meio da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, realizou nesta terça-feira (29) um evento sobre ‘Racismo Estrutural’, no Cine-Teatro Ópera, para os servidores municipais. Três convidados debateram o tema, inserindo o funcionalismo público em uma pauta tão importante na atualidade.


Os debatedores convidados são integrantes do Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Ponta Grossa (COMPIR/PG), sendo a professora da rede municipal de educação Liz Angela Gonçalves, a massoterapeuta e acadêmica de Serviço Social, Cristiane Zelenski, e o professor de Geografia da rede estadual de educação, Saulo Rosa.


Segundo Rosa, o debate é pertinente pelo fato de que atualmente no Brasil, os negros representam 63% da população e o atendimento através das relações interpessoais dentro dos espaços públicos precisa ser revisto para ser igualitário. “Diariamente uma quantidade expressiva deste público, procura atendimento para diversos temas sensíveis como recursos básicos, moradia, educação, saúde, entre outros e por isso, eventos como este levam o servidor à reflexão para combater o racismo estrutural", avalia o professor, que é também integrante do Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais, do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, delegado estadual eleito pelo Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Étnico Racial, na última Conferência Estadual.


Liz comenta que o evento apresentou informações sobre fatores históricos do racismo, sobre a importância de reconhecer e respeitar as diferenças de cada um, bem como os fatores religiosos. “Trouxemos para a discussão casos em que o racismo se demonstra encalacrado na sociedade brasileira, de modo que as pessoas, às vezes, não tomam consciência de que certas atitudes são racismo, sendo considerado, o que podemos chamar de um racismo naturalizado”, destaca professora, que também é vice-presidente do COMPIR.


Já Cristiane, presidente do COMPIR, comenta que foi muito importante este espaço dado pela Prefeitura. “Precisamos lutar constantemente contra esta ferida que nos silencia e que nos adoece emocionalmente. Tanto a sociedade, quanto o poder público tem responsabilidade nesta luta, que não é de branco contra negros, mas sim uma luta antirracista. Precisamos resistir para existir”, avalia Cristiane, que salientou que o COMPIR se posicionará sempre de maneira firme em relação à causa, trabalhando por um município mais justo e inclusivo.


A secretária municipal de Administração e Recursos Humanos, Cliciane Garczarek, comenta que o racismo estrutural é o racismo que está presente na própria estrutura social. “Infelizmente muitas pessoas não conseguem enxergar certas ações como racismo por uma questão cultural. Devido a isso, a naturalização de pensamentos e situações que promovem a discriminação racial e por consequência o racismo estrutural”, explica.


“Essas ações reverberam também nas instituições públicas tanto por questões culturais, como também pela ausência de espaço para orientação e debate dos servidores. Em virtude disso, visando esta reflexão, realizamos este evento tão importante para este momento de transformação que o país e o mundo vive em relação ao racismo”, finaliza a prefeita Elizabeth Schmidt.


Da Assessoria

Comments


bottom of page