O especial de Natal dos 'Guardiões da Galáxia' foca em trazer aventura simples e divertida
Com a nova expansão no streaming da Marvel iniciada na era do Disney+, parecia uma questão de tempo para o Marvel Studios lançar um especial de Natal, entretenimento familiar tradicional e que costuma atrair bastante audiência. A essa altura do campeonato, James Gunn não é mais sinônimo de subversão, e Kevin Feige coloca sua primeira empreitada natalina nas mãos do diretor, que traz seus ‘Guardiões da Galáxia’ para mais uma aventura cheia de emoção, risadas e, o que virou marca registrada da franquia, laços familiares improváveis.
Antes de mais nada, é preciso pontuar que esse especial de Natal não é uma produção típica do MCU. Por mais que adiante alguns pontos que serão explorados em ‘Guardiões da Galáxia vol. 3’, Gunn se preocupa exclusivamente em contar uma história sobre Mantis, Drax e a amizade brutalmente honesta de ambos. A dupla que era usada como suporte ao resto do elenco nos outros filmes da franquia, Pom Klementieff (Mantis) e Dave Bautista (Drax) têm sua primeira chance de brilhar de verdade no universo Marvel e a aproveitam mostrando uma química incrível e um timing cômico certeiro.
O Espírito Natalino
O especial dos Guardiões traz a dupla de mercenários inconvenientes vindo à Terra para sequestrar o ator Kevin Bacon, que eles acreditam ser um grande herói, para dá-lo de presente a Peter Quill (Chris Pratt). Como já era de se esperar, essa boa vontade dos dois logo sai pela culatra e eles acabam se metendo em algumas confusões que recobram o espírito de filmes da ‘Sessão da Tarde’, que se resolverão graças à magia do natal. Essa previsibilidade não interfere na potencial diversão para os espectadores nem no clima otimista que carrega a produção do começo ao fim.
Fã de produções natalinas, Gunn entende que a previsibilidade do subgênero é também sua fonte de conforto. A certeza de que as coisas vão dar certo no final permite que o público aproveite quase todo o especial com um sorriso no rosto e absorva a explosão de cores e bizarrices que o cineasta traz para as telinhas. Como já virou rotina na filmografia de Gunn, a trilha sonora do especial de Natal dos Guardiões da Galáxia casa perfeitamente com cada cena.
Bem menos megalomaníaco do que a maior parte das produções da recém-encerrada Fase 4 do universo cinematográfico da Marvel, o especial de Natal do Guardiões da Galáxia usa seus 40 minutos para entregar uma necessária dose de otimismo e conforto para o que deve ser o primeiro Natal “normal” pós-pandemia. Gostosa de assistir, é uma abertura bem-vinda para as festas de final de ano.
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