CulturAção percorre bastidores culturais de PG em ação promovida pela Secretaria de Cultura
- culturacaopg
- 1 de mai.
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Na última quarta-feira (30), representantes da imprensa local participaram de uma edição especial do Dia de Cultura, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa. O projeto, que a cada edição recebe um grupo de diferente segmento, tem o objetivo de apresentar os espaços culturais públicos mantidos pela secretaria — ao todo, são 13 imóveis com entrada gratuita voltados à formação, preservação e difusão artística.
O grupo foi recepcionado pelo secretário de Cultura, Alberto Portugal, que reforçou o caráter não-comercial da iniciativa: "Todos esses espaços são gratuitos e voltados à democratização da cultura". O passeio teve início na Escolinha do Patrimônio, onde os participantes foram conduzidos a uma verdadeira imersão histórica. Ali, foram apresentados elementos do tropeirismo, rotas trilhadas por antigos caminhos da cidade e símbolos da identidade regional. Também foi explicada a importância de marcos históricos como a Capela Santa Bárbara — a mais antiga da cidade e tombada pelo patrimônio histórico — e da Catedral de Nossa Senhora de Sant'Ana. No mesmo espaço terreno, a visita contemplou o Museu Aristides Sposito , na conhecida Mansão Villa Hilda, local repleto de peças e mobiliário que que fazem parte da história da cidade princesina.

Logo ao lado, o grupo conheceu a Casa da Memória, ambiente técnico onde se concentram pesquisas, restaurações e um acervo precioso formado por jornais antigos, negativos, filmes e documentos históricos — todos armazenados com cuidado e critério.

Em seguida, os jornalistas foram conduzidos de van ao Centro de Criatividade. Segundo o secretário, trata-se de um espaço de “bagunça organizada” que une diversas linguagens artísticas, como marcenaria, costura, teatro, batalhas de rima e pintura. O espaço é acessível à população mediante agendamento e fomenta práticas de economia criativa e convivência coletiva.

A próxima parada foi o Ponto Azul, centro dedicado às artes visuais que oferece oficinas gratuitas, exposições mensais e atividades de formação crítica. A mostra em destaque é Cores da Vilinha, aberta ao público, com obras à venda — e com o valor das vendas revertido integralmente ao artista expositor.

No trajeto de volta à van, Alberto Portugal adiantou a programação cultural do mês de maio, destacando o Festival Literário dos Campos Gerais, a Semana da Cultura e a estreia do projeto Teatro na Minha Vila, que começa na Vila 31 de Março, como parte da política de descentralização cultural do município.
A visita prosseguiu na Biblioteca Pública, cuja arquitetura remete a terminais de aeroporto — uma metáfora, segundo o secretário, para o voo imaginativo proporcionado pela leitura. No mesmo complexo, ao lado está o Conservatório de Música Maestro Paulino, que em 2025 contabiliza mais de mil alunos.

Em meio à visita, uma informação valiosa: Todos os espaços administrados pela secretaria de cultura já incorporam medidas de acessibilidade: cordões para deficiências ocultas, QR Codes com conteúdos em Libras e melhorias estruturais na mobilidade dentro das condições possíveis.
A parada seguinte foi o Cine-Teatro Ópera, uma das estruturas culturais mais conhecidas da cidade, que abrange diversos espetáculos e festivais de renome. O teatro segue parado neste primeiro semestre para obras de substituição da cobertura e aprimoramento da segurança do imóvel, mas já tem previsão de abertura total para o segundo semestre.

Já no Centro de Cultura, a equipe conheceu o Cine PG, sala em fase final de reforma que oferecerá sessões gratuitas de cinema, e que apesar do nome, não irá abranger apenas a sétima arte, mas também abraçar diferentes tipos de apresentações . O segundo piso do edifício, ainda em obras, será utilizado como espaço de ensaios artísticos, como dança, canto ou teatro. Nos fundos, uma nova estrutura também começa a ganhar forma: uma cozinha-escola voltada à gastronomia como expressão cultural, mostrando que a arte e a cozinha também podem estar reunidas em um só sabor.

A visita foi concluída no Acervo Municipal de Obras de Arte, onde estão guardadas preciosidades do patrimônio visual da cidade. O local também conta com um ambiente especialmente projetado para estudo analítico das obras, com controle de luz que permite observar detalhes técnicos das peças com precisão.

Todos os espaços visitados integram a proposta de democratização cultural de Ponta Grossa. A ação, além de revelar a riqueza do acervo público, mostrou que a cidade tem muito mais a oferecer do que se imagina — para quem vive nela, para quem pesquisa, para quem cria e para quem ainda descobre a cultura local.
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