Justiça social e ativismo ambiental são temas de debates e de ações entre estudantes
Mais que uma comemoração, o dia oito de março é um manifesto das conquistas políticas, sociais e econômicas das mulheres ao longo dos anos. Atentas ao tema, escolas têm desenvolvido projetos com o intuito de trazer cada vez mais ao dia a dia a relevância do respeito, da igualdade, da justiça e da equidade de gênero.
Na semana do dia internacional da mulher deste ano, por exemplo, o Elite Rede de Ensino apresentará aos estudantes a história da ativista Isatou Ceesay. A gambiana é conhecida como a rainha da reciclagem na África. Ela é um exemplo de liderança em prol da equidade social e contra a destruição dos recursos naturais. Em 1997, Isatou criou uma pequena associação de catadoras de materiais plásticos com mais quatro mulheres. Esse projeto, que começou pequeno na Aldeia de Njau, na Gâmbia, cresceu e ganhou destaque mundial. Além de conhecerem a ativista, os estudantes farão uma série de atividades que envolvem reciclagem de plástico e participarão de debates.
Justiça social e ativismo ambiental
O trabalho de Isatou é um exemplo de como o ativismo ambiental caminha ao lado de uma política de justiça social. O ponto de transformação de sua comunidade foi quando teve a ideia de transformar o lixo em algo valioso e útil. O grupo de mulheres produz bolsas, malas, estojos, tapetes e outros produtos feitos com plástico retirado dos lixões e dos depósitos. A renda obtida por esse trabalho ajuda as mulheres a atingirem sua independência financeira e auxilia na redução do impacto ambiental.
A supervisora de ensino da educação infantil do Elite, Mariana Lacombe, destaca a importância do assunto. “A escola acredita que abordar essa temática é algo crucial para reafirmar e promover as vitórias na busca por direitos e igualdade. No momento em que vivemos é necessário debater essas questões, trabalhando equidade de gênero e o empoderamento feminino. Temos um papel importante de motivação nessas questões”.
Mariana acrescenta. “Nossa ideia é que a partir do conhecimento dessa grande personagem real de nossa história, possamos desenvolver em nossos alunos a conscientização dos seus papéis em relação a preservação da natureza e,também, semear o pensamento de que todas as nossas decisões diárias são capazes de fazer a diferença”.
Segundo a supervisora, os estudantes terão visões mais críticas. “Acreditamos que dessa forma aguçaremos em nossos educandos novos olhares, tornando-os protagonistas das suas próprias vidas, tendo um papel central e ativo em seus processos de aprendizagens. Seguindo também o que a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) propõe: a construção dos processos educativos voltados para o desenvolvimento dos alunos, sendo capazes de lidar com os problemas da sociedade contemporânea. Nosso lema é transformar vidas por meio da educação, e a maneira mais eficaz para que isso ocorra é tornando nossos jovens donos de suas próprias histórias”.
Para Mariana, mais do que presentear com flores, é preciso inspirar os alunos a trabalharem na luta feminina ao longo dos anos.
Da Assessoria
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