Produção brasileira estreia segunda temporada nesta quarta-feira (03). A série conta a história de Verônica Torres, interpretada pela atriz Tainá Müller
A série nacional é inspirada no romance homônimo escrito pela criminóloga Ilana Casoy e por Raphael Montes, sob o pseudônimo de Andrea Killmore. Nessa nova fase, a protagonista dá vida a uma nova "Eu", enquanto mergulha de cabeça em um crime que ameaça todos aqueles que ela ama. Na prévia, é possível ver mais detalhes do personagem de Reynaldo Gianeccini e Klara Castanho.
Na segunda temporada, Verôncia investiga uma conspiração envolvendo o orfanato onde Brandão cresceu. Lá, ela descobre sobre o missionário Matias, um homem perigoso que manipula pessoas através de mentiras elaboradas e promessas vazias de "cura".
A segunda temporada estreia nesta quarta-feira, 03 de outubro. e terá um total de seis episódios.
A Primeira Temporada
Na primeira temporada a série acompanha a a escrivã Verônica Torres (Tainá Muller) na tentativa de encontrar um criminoso manipulador, e sua busca por justiça à uma vítima de violência doméstica. É tanto uma história sobre a enorme ambição de Torres de lutar contra um sistema burocrático, quanto o inferno que Janete (Camila Morgado) sofre nas mãos de Brandão (Eduardo Moscovis), agressor com tendências assassinas.
Não é uma história fácil de digerir. É visível que a produção se esforçou em como representar um tema tão delicado sem banaliza-lo. Isso transparece especialmente no arco de Janete, que é conduzido com tamanha sensibilidade que não transforma a dor em espetáculo, mas sim expõe as pequenas e contínuas violências cotidianas. A abordagem, porém, não impede que o seriado seja repleto de ação. O suspense policial carrega viradas a todo momento, e não desperdiça um minuto de seus oito episódios. O ritmo é rápido e os acontecimentos, intensos e impactantes. É surpreendente que um drama sobre algo tão pontual e doloroso seja tão maratonável, sem perder a compostura.
No geral, Bom Dia, Verônica consegue prender o espectador na cadeira pelo suspense, brutalidade e ação, ao mesmo tempo que conscientiza sobre um dos piores males da sociedade brasileira. A série só faz isso da forma mais segura o possível. Sem voz própria, e sem a ousadia do material-base. É louvável que o programa dê os holofotes à luta contra o abuso doméstico, tema que precisa sim ser trazido a debate com urgência. Mas, como narrativa televisiva, a Netflix se contenta em não ir muito além de passar a mensagem.
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