Voltado para o tema de turismo e transportes, o evento contou com programações de mesas-redondas, palestras, visitas técnicas e minicurso
O curso de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizou, nesta semana, a 21ª Semana de Estudos Turísticos (Sestur). Voltado para o tema de turismo e transportes, o evento contou com programações de mesas-redondas, palestras, visitas técnicas e minicurso.
Todos os anos, a Sestur é organizada pelos alunos do segundo ano, como parte das atividades da disciplina de organização de eventos. A professora Larissa Mongruel de Lara, responsável pela disciplina, conta que é o momento de concretizar o que os alunos estudam na parte teórica da disciplina. “São eles os responsáveis pela divulgação do evento, convidam os palestrantes, escolhem o tema, escrevem o protocolo, dividem as equipes de trabalho para a operação do evento em si, fazem o controle de presença e depois vão fazer toda a certificação, correm atrás de patrocínio”, explica. “Então, é um evento que eles organizam desde o início, desde a fase da concepção até o pós-evento, com a nossa orientação”.
Neste ano, Maria Eduarda Machado, aluna do 2º ano, ficou responsável pela coordenação da Semana. A experiência, para ela, foi muito satisfatória. “No começo, estávamos meio perdidos, não sabíamos que tema queríamos, por onde começar, o que fazer, como fazer. Mas aos poucos a gente foi desmembrando nossa Sestur”, lembra. “O sentimento de realização no final foi incrível, a hora em que eu vi todo mundo feliz, todas as pessoas falando bem, foi sensacional”.
Como trabalhar em equipe, lidar com problemas que podem aparecer durante um evento e conhecer todos os passos para montar um evento técnico-científico? Para Marina Malucelli, acadêmica do 2º ano de Turismo, a experiência foi ótima e o evento atingiu as expectativas da organização. “Com o encerramento da Sestur, o que fica são as experiências da organização de eventos. Tenho confiança que para o próximo evento realizado pela turma ou por cada aluno individualmente, será um processo mais tranquilo do que o primeiro, justamente por sabermos como lidar com um time/equipe da melhor maneira e por termos mais conhecimento em todos os processos envolvidos na organização de eventos”, avalia.
“O Sestur sempre é um momento bacana, de aprendizado para todos nós”, destaca o coordenador do curso, professor Luiz Fernando de Souza. Em sua fala de abertura na segunda (11), ele registrou, ainda, a longevidade da semana. Entre memórias das primeiras edições, das quais participou como aluno, e das últimas, em que a Semana se reinventou para continuar acontecendo, mesmo durante a pandemia, o professor ressaltou a resiliência do evento. Essa característica também esteve presente na fala da professora Graziela Scalise Horodyski, chefe do Departamento de Turismo, que enfatizou o quanto é importante para os alunos a experiência de organizar o evento.
“Nossa região tem um potencial enorme para o turismo”, destacou, em sua fala na manhã de abertura, o guia turístico Walter Ruppel, da expedição Girando o Mundo. Para os alunos que assistiam à palestra, ele foi contando sua história e envolvimento com o turismo local e internacional. E essa troca de experiências é, justamente, o objetivo da Semana, que trouxe ainda um minicurso de fotografia, visita técnica ao Parque Estadual de Vila Velha, palestra sobre turismo espacial, uma mesa-redonda entre Marcos Alberto Malucelli Klas, piloto aposentado da Latam, Vitor Hugo de Oliveira, diretor do Aeroporto de Ponta Grossa, e Paulo Roberto Baptista Stachowiak, professor da matéria de transportes e Secretário Municipal de Turismo de Ponta Grossa.
O servidor da UEPG, lotado no Departamento de Administração, Maurício José Kaczmarech é um astrônomo amador. Ele foi o palestrante convidado na manhã de quarta-feira (23), para falar sobre as relações entre o espaço cósmico e o turismo. “A sociedade tem incluído novas possibilidades, tais como a oferta mais facilitada de formas especiais de transporte, valorização das Ciências do Espaço (Astronomia e Astronáutica), bem como a presença de um folclore relacionado ao Espaço Cósmico”, conta Maurício. Por isso, a conversa girou por várias opções de turismo voltadas ao espaço: o turismo astronômico, com visitas a observatórios, planetários e museus científicos; o turismo espacial, de viagens orbitais ou sub-orbitais, ainda limitado devido aos altos custos; e o turismo ufológico, que inclui visitas a supostas naves espaciais (discos voadores).
Da Assessoria
Comments